Que o marido conceda à esposa o que lhe é devido, e também, de igual modo, a esposa, ao seu marido.
1 Coríntios 7:3
Começo esse artigo com a frase muito bem explorada por Craig Hill em seu livro de mesmo título: os que se casam com a mentalidade parasita são “duas pulgas e nenhum cachorro”. Muitos relacionamentos nos dias atuais, sejam eles casamentos, amizades, namoros e entre outros, tem-se deparado com pessoas que tem essa mentalidade parasita, tornando a convivência muito mais difícil e as vezes até mesmo individualista e relativista.
Isso acontece por que ainda temos em nossos dias, e de forma muito mais forte que antigamente, os padrões de relacionamentos deturpados e/ou inversos, ou seja, pessoas se casam por princípios errados e se divorciam por desculpas infundadas, onde se explica, se justifica, transfere a culpa mas nunca ou quase nunca reconhecem e mudam, é o famoso “eu quero te pedir perdão, mas eu só fiz isso porque você fez aquilo.”
A mente parasita dentro de um relacionamento é pautada em valores egocêntricos e que se fundamentam no desejo de ser servido, ou seja, é como a pulga que ao encontrar um cachorro não se preocupa com as consequências que podem levar o cão até a morte, mas só olha para sua necessidade, para o vontade e o prazer em ser atendido e servido, independente do resultado que isso irá causar no outro, pois é mais fácil trocar de cônjuge do que trocar de caráter.
Infelizmente, as pessoas entram em relacionamentos avaliando mais o que podem receber do que aquilo que podem dar, pois num mundo tão individualista e egocêntrico, o que mais temos presenciado tem sido pessoas que pensam em si mesmas as invés de pensar no propósito pelo qual casaram, a GLÓRIA DE DEUS. O texto que usei para esse artigo se encontra em 1Co 7:3, a expressão usada para “o que lhe é devido” é, de acordo com o Léxico da Concordância de Strong, “opheilo” e significa “dever; dever dinheiro; estar em débito com; aquilo que é devido; dívida”. Portanto, temos uma dívida a ser paga no casamento.
Porém só olhamos para a dívida do outro, e nunca ou quase nunca olhamos a nossa, queremos ser servidos, ser amados, respeitados, elogiados e por aí vai, mas nem sempre estamos dispostos a fazer o mesmo pelo cônjuge. Devemos parar de olhar somente para o que o outro precisa fazer e nos concentrarmos se nós estamos fazendo aquilo que é para nós fazermos, pois é como o exemplo que Jesus usou para falar com os fariseus, que viam o cisco no olho do outro mas não viam a trave em seus próprios olhos (Lc 6:41).
Isso nos leva a pensar que, muitas pessoas que falam que o outro não merece o seu amor, estão apenas esperando que a dívida do outro seja paga, e que somente elas são as vítimas, esboçando uma mente parasita e auto piedosa. Não paute seu relacionamento em apenas receber algo do outro, mas em se alegrar no se doar por completo(a) ao seu cônjuge, seu eterno(a) namorado(a). A base de uma aliança é o Senhor, e isso para vocês devem bastar, pois nenhum outro fundamento sustentará seu casamento, a rocha em que vocês devem estar firmados se chama Jesus.
Não deixe que o parasitismo destrua seu casamento, não seja a pulga na espera do cachorro, não sejam duas pulgas, não seja o cachorro, seja o homem valoroso de Salmos 112 e a mulher virtuosa de Provérbios 31, assim vocês serão alvos do favor do Senhor, e com isso alcançarão as benções pelas quais vocês tanto oram. O casamento foi feito para ser vivido por duas pessoas diferentes que em Deus se tornam uma só carne cumprindo um propósito.
Você não casou com a pessoa errada, nem que ela não merece seu amor, NUNCA BASEIE SEU RELACIONAMENTO NA JUSTIÇA, MAS SIM NA MISERICÓRDIA, um casamento não pode ser pautado em um senso de justiça, mas sim de misericórdia, pois se fosse por justiça ambos estariam condenados e não só o outro. Deixe Deus transformar sua vida, sua casa, seu casamento e sua família.
Convide Ele para entrar em sua casa hoje mesmo.
“Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo.”
Apocalipse 3:20
Deus abençoe você, um forte abraço.
Professor Tiago Almeida