Aritmética: Multiplicar e subtrair.
Coisas que não se aprendem na escola.
“Nos muitos cuidados que dentro em mim se multiplicam, as tuas consolações me alegram a alma.” (Salmo 94.19)
A alegria multiplica-se ao contar as ricas consolações recebidas de Deus, bem mais do que as lágrimas ou
faltas. As ansiedades, se contadas, se multiplicam rapidamente. Porém, se contados os inúmeros consolos recebidos
de Deus, elas são subtraídas e a alegria surge, não por motivos externos, mas de dentro – de onde antes multiplicavase a ansiedade.
Temos uma memória seletiva. Infelizmente, somos hábeis em lembrarmos de cada falta, dor ou necessidade
sofrida nesta vida. Ignoramos as bênçãos afogadas pelas lágrimas. E, facilmente erramos no cálculo de quantas vezes
Deus nos secou cada lágrima ou quando o coração desesperado de angústia encontrou Nele o cuidado consolador.
Na verdade, subtraímos as alegrias, gargalhadas e prazeres, por faltar-nos sensibilidade aos multiformes
modos pelos quais Deus pode nos consolar. A alma ansiosa aprendeu a multiplicar problemas e dificuldades. Você
se lembra desses probleminhas? “Eu tenho 4 laranjas. Uma apodrece e dou outra para a Maria. Com quantas laranjas
eu fico?” Não sei você, mas eu já me lamentei por ficar com apenas duas laranjas.
A vida nos traz probleminhas onde, contar as bênçãos, multiplicá-las e operá-las sabiamente na Teoria dos
Conjuntos (aquela do “contém”, “não-contém”, “intersecção”) é mais difícil do que as equações com função
composta e raiz quadrada. Na Teoria dos Conjuntos da alma, há bênçãos que parecem não pertencer ao grupo das
dores, mas que, na intersecção com as tribulações, e o terceiro excluído, revelam consolos escondidos.
Eu desejo aprender como o salmista aprendeu a matemática com Deus. Olha como ele resolve o problema:
alegria = (consolos ÷ ansiedades) + fé². Ele sabe calcular as lutas de cada dia.1 Contudo, saber muito mais investir, ou o modo como Deus faz os Seus investimentos (1Co 1.3,4).
Quando ansioso e cheio de cuidados, este homem de Deus se lembra que há consolo em Deus. E, para cada
cuidado, cada insucesso na vida, há, com certeza, a consolação divina.
Não há em Deus apenas o consolo para com as ansiedades. Não apenas a certeza de que Deus cuida de tudo. O
salmo fala de uma certa alegria que o consolo de Deus nos dá. Seria, talvez, uma paz que, por transcender as
preocupações, faz com que o salmista sinta alegria. Não é apenas a paz como um consolo que de Deus recebemos.
Há, também, a certeza de que, ao passar por dor ou se sentir “vulnerável”, Deus não negará o seu consolo.
Logo, a igual certeza deixa o coração do homem alegre. É como se dissesse-nos: “Eu sei que vou sofrer.
Porém, não me faltará o consolo suficiente que eu preciso.” A certeza de que nunca seremos desamparados alegra a
alma.
O salmista descobriu uma equação onde Deus é sempre o fator que transforma perdas em consolo e dores
em alegria. Ele é alguém que aprendeu a fazer contas com Deus — não apenas somar lutas, mas reconhecer que
para cada uma delas há um investimento divino em consolo e alegria.
Senhor,
Ensina-me a tua matemática.
Aquela mesma em que 1 +1 é1.
Ou que, 3 na fornalha é 4.
Aquela em que 5 + 2 é 4.000.
A loucura de 99 < 1.
E, livra-me da discalculia2
espiritual.
Por Jesus,
Amém.
Eliandro Cordeiro
Maringá, 15 de set. 2025.
Professora: “Jesus tem 5 pãezinhos. Repartiu com 4000 irmãozinhos…”
Com quantos pães…”